A nossa amada rainha Maria Antonieta negou-se a comprar o colar mais caro do mundo.O resultado, imprevisto, foi efetivamente uma intriga inconcebível, que resultou em um dos famosos escândalos da historia.
Tudo começou quando os joalheiros da Coroa, Boehmer e Bassenge, enfrentaram um terrível problema.A sua oficina construíra com cuidado meticuloso um colar verdadeiramente admirável, formado por 647 magníficos diamantes,alguns do tamanho de cereja, cravados em outro em forma a satisfazer o gosto ostentativo de Madame du Barry, a amante do rei Luíz XV de frança. O preço pedido era de 8 milhões de dólares ao câmbio atual. Infelizmente, o rei morrera, devido a varíola, antes de o negócio pode ser concluído; mas seu sucessor, Luiz XVI, casara com a princesa austríaca Maria Antonieta, e esta, bem conhecida pelas suas futilidades e gosto pelo luxo, parecia a cliente ideal para a compra a incomparável joia. Os joalheiros e as muitas pessoas que a criticaram ficavam, porém, surpresos quando ela a rejeitou por duas vezes. Embora pejorativamente chamada de Madame Deficit pelo povo devido ás riquezas que esbanjava nas suas festas e á opulência dos seus aposentos em Versalhes, Maria Antonieta foi sensível e compreensiva aos problemas orçamentais do país do seu marido, que tanto gastara em apoio dos americanos e da sua revolução contra os ingleses.
Quando Boehmer chorou , dizendo que ficaria arruinado e ameaçado mesmo suicidar-se, a rainha, sensatamente , lhe disse que se recompusesse e desmanchasse o colar, vendendo as pedras separadamente, O joalheiro então tentou a corte espanhola sem sucesso.Com os inevitáveis juros sobre os valor das pedras continuaram a subir, o colar parecia destinado a ser o mais caro elefante branco do século.
Mas a historia não termina por ai, O cardeal
de Rohan tinha recebido uma nota da condessa Lamotte Volois, supostamente assinada pela rainha, na qual lhe pedia que adquirisse o colar para a soberana, A nota por sua vez era falsa, e estava assinada como Maria Antonieta da França,com todos sabiam na Corte, as rainhas só assinavam com seu nome usado comumente. Rohan, emocionado por receber da rainha tal privilégio , não reparou sequer nesse sado que todo cortesão, ainda mais na sua condição conhecida.
O rei estava disposto a mandá-lo á prisão, ja que não podia conceber que aquele assunto fosse atribuído á Corte. Então, pediu ao cardeal que escolhesse entre pedir a clemência ao monarca ou ser julgado pelo Parlamento de Paris. Este escolheu o segundo. No entanto, não deveria ter dado tal opção ao cardeal, já que esse fato permitiu que a reputação da rainha fosse colocada em dívida, o que, na sua situação, não era nem um pouco vantajoso. A peça chave do caso era Jeanne de Lamotte. De origem humilde e sangue Volois, a ambiciosa condessa assinou provavelmente a nota do delito. Sua ação faria parte de uma fraude ou de uma conspiração realizada junto de Rohan para desprestigiar a rainha. No entanto, o povo, influenciado pela má fama da Maria Antonieta, acabou convertendo Jeanne de Lomotte em uma heroína . O cardeal de Rohan foi absolvido, e a condessa foi presa.
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